Bloqueios nas estradas geram desabastecimento nos supermercados

Alguns produtos já estão em falta nos supermercados de Arapongas. As prateleiras começaram a esvaziar já durante o dia de ontem (23), terceiro dia de paralisação nacional dos caminhoneiros.  Com a greve da categoria, os produtos mais afetados são os perecíveis, em especial laticínios e hortifrúti. Supermercados registram também aumento nas vendas com a população antecipando suas compras.

Segundo o gerente de umas das lojas de uma das principais redes de supermercados de Arapongas, Carlos Santos, as vendas de ontem (23) foram aproximadamente 20% maiores comparadas ao mesmo dia nas semanas anteriores. “Hoje foi um dia atípico, as pessoas anteciparam suas compras do fim de semana. Os produtos essenciais como arroz, feijão, frutas e verduras foram os que tiveram mais saída”, afirma.

O gerente acredita que com a greve o consumidor poderá sentir falta de produtos principalmente da feirinha, que tem reposição maior durante a semana. “Como temos a tradicional ‘Quinta-Verde’, que é a promoção dos produtos da feirinha e que teve o abastecimento diretamente afetado com a paralisação, comunicamos nossos clientes, através das redes sociais, que poderão não encontrar os produtos esperados”, diz.

A ação é uma maneira, segundo ele, de avisar o consumidor, para que não se sinta lesado. “Como nós temos a nossa própria central de distribuição ainda temos uma grande variedade de produtos”, ressalta.

Para o gerente de outra rede de supermercados, Alex Romão, alguns tipos de carnes, frutas e verduras já estão em falta. “As empresas Aurora, Frimesa e Copacol já nos informaram que não estão fazendo mais abate, porque não estão passando nos bloqueios”, diz.

Romão observa que o preço de frutas e verduras e legumes está subindo absurdamente. Ele cita o exemplo da batata. “Antes da paralisação, o preço do saco da batata de 50kg custava R$ 90. Hoje, tá custando R$ 320 – um aumento de 255%. Não temos como segurar o preço e tivemos que repassar a alta ao consumidor”, diz.

“Não tem o que fazer pra driblar essa situação. Só será resolvida com o fim da greve, mas nós apoiamos a paralisação. O governo tem que ter consciência e diminuir os impostos sobre os combustíveis, porque impacta todos os setores da economia”, frisa.

CONSUMIDOR – A confeiteira Vanessa Barusso foi uma das consumidoras que antecipou suas compras para garantir as encomendas do fim de semana. “Comprei tudo em dobro e hoje devo ir ao supermercado novamente. Tenho várias encomendas de bolos para casamentos e aniversários. Tive que me antecipar para não ficar sem os produtos que preciso”, justifica.

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