Entre as 15 novas praças, pedágio mais caro fica no trecho Apucarana, Califórnia e Marilândia

A tarifa mais cara, entre as 15 novas praças de pedágio, fica no Vale do Ivaí, no trecho entre Apucarana, Califórnia e Marilândia do Sul. O novo local fica no Km 260 da BR-376, já em Califórnia. A Rodovia do Café é o principal eixo de ligação entre o Vale do Ivaí à capital paranaense e também a Londrina. O valor da tarifa será de R$12,69, o que representa uma alta de 28% quando comparado com os números do primeiro edital.
O valor foi divulgado ontem (11/08) após apresentação do novo modelo de concessões para as rodovias do Paraná. A primeira versão do edital previa uma tarifa de R$9,88 e o local de cobrança ficava entre Apucarana e Califórnia, próximo à empresa Unifrango, no Km 251. Na nova versão, o local foi deslocado 9 Km, ficando mais precisamente entre Califórnia e Marilândia do Sul.
Diferente da projeção de 70 Km, calculada entre uma praça e outra, a nova praça fica a apenas 30 quilômetros da praça de Arapongas, que atualmente cobra R$11.70 por carro de passeio. Com o desconto previsto pelo Governo para Arapongas, a tarifa vai para R$ 7, 69.
“Essa é uma pequena amostra que o pedágio no Paraná não será exemplo a ser seguido. Continuará caro. Qual a justificativa para a instalação dessa praça na BR-376 em Califórnia? Uma rodovia duplicada. Duplicação essa já paga pelos usuários. Na nova proposta aparece o contorno leste de Apucarana, que constava inicialmente no início do contrato atual, mas sumiu num dos acordos”, alerta o deputado estadual Arilson Chiorato (PT).
“Além disso, não podemos nos esquecer que já foram pagos R$ 10 bilhões a mais para as concessionárias, que ainda não entregaram 38 obras previstas. Não podemos permitir que a história se repita por mais 30 anos e o povo do Paraná continue pagando caro pelo pedágio”, ressalta o deputado.
Arilson destaca que a apresentação de ontem no Palácio Iguaçu, em Curitiba, pelo governador Ratinho Junior (PSD), pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e pelo secretário estadual de Infraestrutura, Sandro Alex, não atende as principais demandas colhidas nas audiências, como modelo de menor tarifa, não ao aumento de praças e não ao degrau tarifário após as entregas das obras.
Não é menor tarifa
“O modelo proposto não é menor tarifa, uma vez que o desconto é limitado pelo aporte. O único avanço nesse sentido é que agora o valor pago não irá aos cofres do Governo Federal, e sim ficará no Paraná. Porém, a tarifa vai continuar cara, porque é óbvio que as empresas não vão desembolsar uma cifra milionária por lote para conceder o maior desconto ao usuário”, pontua.
Outro ponto, segundo o deputado Arilson, é o degrau tarifário de até 40% que as concessionárias vão adicionar após a entrega das obras. “O modelo proposto não é justo e vamos continuar pagando caro”, afirma o parlamentar.
Exemplo de valores
Segundo o Governo do Estado, são três níveis de aporte. R$ 15 milhões por ponto porcentual até 10%; R$ 60 milhões por ponto porcentual até 17%; e R$ 150 milhões por ponto porcentual após 17%.
Novas praças (veículo de passeio)
Jacarezinho II: R$ 8,39
Quatiguá: R$ 8,29
Sengés: R$ 5,35
Londrina: R$ 9,52
Califórnia: R$ 12,69
Guairaçá: R$ 10,86
Cianorte: R$ 7,01
Jussara: R$ 9,57
Umuarama: R$ 5,95
Francisco Alves: R$ 6,40
Mercedes: R$ 10,75
Toledo: R$ 7,56
Lindoeste: R$ 11,46
Ampére: R$ 8,62
Renascença: R$ 8,80

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