QUEM TEM MEDO DOS JUROS?

Não há nada que as pessoas temam mais em suas vidas financeiras do que os perigosos juros. Entretanto, muita gente não sabe o que eles vêm a ser exatamente. Só sabem que é algo que as faz pagar mais pelos empréstimos ou compras a prazo que elas fazem. Afinal, o que são juros?

Imagine a seguinte situação: um belo dia, você recebe um telefonema te informando que um parente, do qual você nem conhecia a existência, morreu e te deixou uma herança bilionária. No mesmo dia, o dinheiro será depositado na sua conta. Maravilhoso, não é mesmo? Agora, imagine que você receba o mesmo telefonema, mas que em vez da herança bilionária ser depositada no mesmo dia será necessário esperar dois anos para recebê-la. A notícia sem dúvida continua sendo muito boa, mas não tanto quanto se você tivesse esta herança disponível na mesma hora. Afinal, uma quantia em dinheiro hoje tem mais valor do que a mesma quantia depois de algum tempo. Em resumo: o dinheiro perde valor com o tempo. Sim, a expressão “tempo é dinheiro” não é à toa.

Quando pegamos um empréstimo, quem nos empresta este dinheiro está abrindo mão de uma quantia que tem em mãos agora para receber esta quantia de volta depois de algum tempo. Por isto, quem empresta dinheiro precisa receber alguma compensação, pois quando receber de volta a quantia que emprestou, esta terá um valor menor do que tem hoje. Do outro lado, quando pegamos dinheiro emprestado nós aceitamos pagar esta compensação, porque estamos obtendo um dinheiro agora que só conseguiríamos obter por conta própria depois de algum tempo. Esta compensação nada mais é do que a cobrança de juros.

Quem empresta o dinheiro tem o poder de determinar o quanto de juros que vai ser cobrado. E a principal análise para determinar esta taxa é o risco de não receber de volta o dinheiro que foi emprestado. Um dos principais motivos dos juros serem tão altos no Brasil é a falta de educação financeira da população, que faz com que muitos percam o controle sobre suas finanças e por conta disto não consigam honrar com as obrigações assumidas.

Para determinadas modalidades de crédito, os bancos fazem uma análise do cliente para determinar o risco dele se tornar inadimplente, inclusive podendo negar o empréstimo se entender que o risco é muito alto. Para modalidades como cartão de crédito e cheque especial esta análise é bem menos criteriosa, ou seja, é fácil conseguir este tipo de crédito. Por isto mesmo os juros destas modalidades são os mais altos que existem. Esta facilidade faz com que as pessoas recorram a este tipo de crédito sem nenhum critério, e quando se dão conta a dívida está astronômica. Veja na tabela abaixo o quanto uma pessoa que entrou com 1.000 reais no cheque especial ou deixou de pagar uma fatura do cartão neste valor estará devendo após 1 ano, segundo os dados do Banco Central em abril de 2018:

Caso você esteja enrascado com dívidas em alguma destas duas modalidades, a melhor alternativa é tentar conseguir um empréstimo com taxas de juros mais baratas para quitar esta situação. Agora, o melhor para a sua vida financeira é conseguir evitar os juros: gastar menos do que ganha e quando pensar em comprar algo a prazo, analisar se não é possível esperar algum tempo para fazer esta compra a vista. Caso consiga gastar menos do que ganha e poupar uma quantia todos os meses, você poderá fazer isto muito mais facilmente, investindo o seu dinheiro. Desta forma, em vez de pagar juros, você passará a receber juros! Na semana que vem falaremos sobre as melhores formas de investir seu dinheiro!

Até a próxima!

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