Corpus Christi: Conheça os voluntários que preparam os tapetes de Arapongas

Com um toque de arte, tapetes para a procissão de Corpus Christi confeccionados por fiéis durante a manhã desta quinta-feira (31), embelezam parte das ruas de Arapongas. A tradição reuniu centenas de pessoas que participam das sete paróquias da cidade.

O tapete começa no Ginásio de Esportes Luiz Augusto Zin, segue pela Rua Garças até a Avenida Arapongas, seguindo até a Igreja Matriz. Ao todo, são cerca de 500 metros, de um trabalho realizado por fiéis, que expressam fé, devoção e amor. O cortejo seguirá até a Igreja Matriz após a missa das 15 horas realizada no Ginásio de Esporte.

Segundo a fiscal de caixa, Poliana Cordeiro, de 30 anos, que participa da Paróquia Santíssima Trindade, neste ano, é a quinta vez que ela participa da confecção dos tapetes. “Neste ano, trouxe minha filha e meu namorado, é uma forma da gente agradecer”, conta.

A professora de artes Michele Irata, 42 anos, conta que realiza o trabalho há mais de 6 anos. Para ela, também é uma forma de agradecer. “Há anos realizo este trabalho com muito amor e carinho. Desenvolvo os desenhos através de pesquisa e estudos e levo para o padre da minha paróquia aprovar. Pensamos nas cores, materiais, tudo antecipadamente. Neste ano, usamos como material o sal grosso e o pó de borracha nos cantos, que por ser mais pesado, ajuda a segurar por causa do vento”, explica.

Da paróquia São Vicente Palotti, a operadora de caixa, Maria Aparecida da Silva Tonello, de 45 anos, revela que começaram a trabalhar com 30 dias de antecedência com a pesquisa de desenhos e arrecadação de materiais. Segundo ela, neste ano, estão usando pó de serra, aveia, sal e pó de pneu.

“O grupo que estou participando tem cerca de 30 pessoas, é da Pastoral Familiar e Encontro de Casais com Cristo (ECC). Nós ficamos responsáveis por dois tapetes, um de 4 m² e outro 6m². Faço isso há 8 anos, penso que é um trabalho realizado para Deus, e sinto muita felicidade fazê-lo”, relata Maria.

O padre Nilson Caetano Ferreira, pároco da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, explica que ver todas essas pessoas reunidas trabalhando para Jesus, representa unidade e o princípio da solidariedade que deve ser vivida por todos. “Corpus Christi, Cristo Jesus, Ele se faz corpo e sangue. Se transforma em dois elementos essenciais para a existência humana. E para representá-lo pão e vinho. Pão, porque todos precisam comer e vinho, porque todos precisam beber”, explica o padre.

A auxiliar geral, Regina Aparecida Pinheiro, de 41 anos, participa do movimento Renovação Carismática Católica no Santuário no Senhora Aparecida, ela conta que participa há 10 anos da confecção de tapetes. “Neste ano, procuramos representar em nosso desenho o tema que estamos trabalhando em nossos encontros da renovação, que é, “Eis que estou em sua porta e bato”, representando Jesus batendo na porta do seu coração”, explica

Segundo ela, cada movimento procura através de seu material e desenhos passar alguma mensagem. “É muito bonito e gratificante, hoje acredito que tenha cerca de 600 pessoas trabalhando nesta manhã”, finaliza.

O metalúrgico Rogério Francisco de Morais, de 42 anos, da paróquia Nossa Senhora de Fátima, conta que faz quatro anos que realiza este trabalho. Para ele é um momento gostoso pois reúne as famílias da comunidade em que participa. “Reunimos as famílias da paróquia, não só hoje, pois é um trabalho que fazemos com antecedência e vários movimentos da igreja participam”, diz.

Da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, Elisângela Teodoro, de 44 anos, faz este trabalho, com tapetes para a procissão de Corpus Christi há mais de 20 anos. Ela explica que vários movimentos da paróquia participam.  “Me sinto muito feliz em fazer isso, pois acredito que significa trabalhar para Jesus. É uma bênção se entregar na graça de Dele”, comemora.

Elisângela conta que neste ano o grupo procurou utilizar materiais que possam ser reaproveitados. “Arrecadamos cestas básicas, que foram doadas pela comunidade, utilizaremos para enfeitar e depois vamos doar para as entidades carentes.  E também, vamos reaproveitar a aveia, o milho, o sal e a quirela que serão doados para um sítio para alimentar os animais”, finaliza Teodoro.

Tapete feito com fuxico, uma técnica com tecido pela Paróquia Santo Antônio de Pádua

 

 

 

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